O que é o teste de ALICE?
ALICE é um teste que detecta as principais bactérias patogênicas ligadas à endometrite crônica e identifica o tratamento adequado.
A endometrite crônica está ligada à falha da implantação e ao aborto de repetição.
Em casos de repetidas falhas de implantação ou perda gestacional recorrente, a presença da endometrite crônica chega a 66%.
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Metodologia
O teste ALICE pode ser realizado em uma biópsia endometrial.
Se o paciente estiver passando por um preparo para o teste ERA, uma pequena porção da mesma biópsia pode ser utilizada para os dois testes, portanto, nenhuma amostra e/ou preparo adicionais serão necessários.
Como coletar e enviar a amostra
A biópsia do endométrio deve ser feita do dia 15 ao dia 25 do ciclo menstrual. Após a coleta, é importante que a amostra seja imediatamente colocada no refrigerador a 4–8 ° C por no mínimo 4 horas.
Para garantir maior qualidade de amostra, recomendamos que o envio ao laboratório Igenomix aconteça em até 120 horas à temperatura ambiente. Além disso, a amostra nunca deve atingir temperatura superior a 35 °C.
Alcance do teste
- Qualquer intervenção cirúrgica uterina planejada deve ser realizada antes da coleta da amostra, de modo que o endométrio esteja em condições adequadas para a transferência do embrião quando o resultado estiver disponível.
- Alguns estudos descrevem maior prevalência de alterações na microbiota em pacientes com endometriose.
- Se a paciente tiver fluido no revestimento endometrial, a biópsia pode ser tomada. Este líquido é provavelmente causado por uma infecção do endométrio.
- A biópsia pode ser realizada mesmo que o endométrio não tenha uma aparência trilaminar.
- Se uma D & C (dilatação e curetagem) ocorre após o teste de EMMA ou ALICE, os resultados podem mudar. Recomendamos repetir o teste após procedimentos de D & C, idealmente no ciclo imediatamente antes da transferência do embrião.
- Atualmente, não existem dados sobre o efeito da quimioterapia ou da radiação na microbiota endometrial.
- Atualmente não existem dados sobre a relação entre tireoidite crônica ou síndrome dos ovários policísticos e a microbiota anormal.
- O uso de antibióticos pode interferir nos resultados da análise.
- Conservação inadequada da biópsia pode comprometer os resultados:
- Amostra não armazenada a 4 – 8 °C durante um mínimo de 4 horas.
- Degradação da amostra devido à falta de imersão na solução de estabilização de RNA no criotubo provocada por a uma biópsia muito grande ou não totalmente homogeneizada na preservação do agente.
- Material inicial insuficiente pode impedir a análise (7mm tecido é o ideal).
- Conteúdo de sangue e muco na amostra de biópsia pode impedir que exista material suficiente para a análise.
- Contaminação externa ou residual pode interferir nos resultados.
- Exposição a altas temperaturas durante o transporte pode comprometer a qualidade da amostra.