Quando o resultado do espermograma apresenta uma redução no volume de espermatozoides vivos no sêmen, estamos diante não apenas de uma dificuldade de gravidez espontânea, mas também potencialmente mais expostos a um risco genético que pode produzir o fracasso da gestação com falhas de implantação, abortos ou o nascimento de um bebê com alterações cromossômicas, segundo Dra. Carmen Rubio, diretora do laboratório de PGS da Igenomix.
Conforme estudo realizado em gestações obtidas pela técnica ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides), existe um aumento do risco de alterações genéticas nos descendentes por alterações da qualidade do sêmen e não pela técnica em si (Munné et al., 1998).
A Fertilização in Vitro com a técnica ICSI é eficaz para conseguir a gravidez em casos de fatores masculinos graves por permitir a fertilização a partir de um único espermatozoide selecionado, porém, para ter máxima segurança para o sucesso do tratamento com o nascimento de um bebê saudável, é recomendável tomar medidas preventivas.
O que fazer em caso de baixa concentração de espermatozoides no espermograma?
Realizar o cariótipo do paciente é o primeiro e mais simples passo. Apesar do cariótipo ser um exame importante no diagnóstico inicial da infertilidade do casal, nem sempre é solicitado se o especialista não suspeita de uma origem genética. No caso de um resultado de cariótipo alterado é importante contar com aconselhamento genético para o planejamento da gravidez.
Se o resultado do cariótipo é normal, que será o diagnóstico mais frequente, e a diminuição da concentração de espermatozoides for severa, ou seja, no caso em que a concentração de espermatozoides está entre 2 ou 3 milhões de espermatozoides por mililitro, ainda existem riscos genéticos, já que é possível que durante a formação dos espermatozoides esteja ocorrendo alterações cromossômicas.
Tratamento para prevenir riscos de alterações cromossômicas
Para prevenir os riscos associados às alterações cromossômicas de fator masculino e feminino é indicado o screening genético pré-implantacional (PGS), que identifica o embrião cromossomicamente normal para ser transferido ao útero materno.
A complementariedade da Fertilização in Vitro com o diagnóstico genético pré-implantacional para alterações cromossômicas (PGS) permite identificar aspectos da saúde do embrião que não são visíveis através dos aspectos morfológicos.
A incorporação do PGS nos tratamentos de reprodução humana tem sido adotada cada vez mais, inclusive em casos onde não existe uma indicação específica, com o objetivo de contar com mais informação para escolher o embrião com mais chances de sucesso gestacional.25
Escute os comentários da Dra. Carmen Rubio (legenda em português disponível)
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