O Simpósio Internacional Nilo Frantz foi aberto por nosso diretor científico, Dr Carlos Simón, que em uma breve retrospectiva sobre os tratamentos de Fertilização in Vitro nos recordou que para nascer o primeiro bebê de proveta muitas tentativas e esforços foram necessários. A medicina reprodutiva, assim como todas as ciências, precisa de persistência e dedicação.
Desde o primeira FIV, quando Edwards após 102 tentativas obteve o êxito com o nascimento de Louis Brown, a medicina reprodutiva evoluiu muito e hoje, o foco não é apenas ajudar as pacientes a engravidar, mas sim garantir o nascimento de um bebê saudável.
Foram vários os avanços no sentido de garantir a saúde do bebê e prevenir os casos de aborto. Neste sentido, a genética tem aportado muito com os estudos embrionários (PGS e PGD), que permitem identificar os embriões saudáveis e com maior sucesso de gravidez, o painel de portadores CGT para identificar alterações que podem aumentar o risco de doenças genéticas hereditárias e também com o estudo de receptividade endometrial ERA, que permite personalizar a transferência do embrião à necessidade de cada paciente.
A genética ainda irá aportar mais à reprodução humana quando técnicas como a CRISPR, de edição genética, consigam reparar as alterações genéticas e até mesmo a criação de gametas com a reprogramação celular.
Efeitos da Endometriose na fertilidade
Dr David Keefe apresentou estudos sobre o impacto da endometriose nos resultados dos tratamentos de Fertilização in Vitro. Mais do que possíveis influências anatômicas, certos focos de endometriose e principalmente seu avanço pode afetar a qualidade dos óvulos. Cirurgias precisas e cuidadosas podem ajudar a melhorar o quadro, porém uma cirurgia muito invasiva pode causar o efeito contrário, por isso é muito importante estar nas mãos de um bom especialista.
Veja os resultados do estudo realizado pelo Prof. Dr Carlos Simón, considerado por Dr. Keefe o mais importante:
Efeitos da Endometriose na fertilidade
Dr David Keefe apresentou estudos sobre o impacto da endometriose nos resultados dos tratamentos de Fertilização in Vitro. Mais do que possíveis influências anatômicas, certos focos de endometriose e principalmente seu avanço pode afetar a qualidade dos óvulos. Cirurgias precisas e cuidadosas podem ajudar a melhorar o quadro, porém uma cirurgia muito invasiva pode causar o efeito contrário, por isso é muito importante estar nas mãos de um bom especialista.
Veja os resultados do estudo realizado pelo Prof. Dr Carlos Simón, considerado por Dr. Keefe o mais importante:
Microbioma endometrial e sua influência na implantação do embrião
Um dos aspectos da receptividade endometrial que os pesquisadores da Igenomix identificaram recentemente foi apresentado por Dra Diana Valbuena, diretora de pesquisas clínicas.
A presença de bactérias vaginais é amplamente conhecida, e sua relação com a fertilidade também. Sabemos ainda, que 40% das pacientes em tratamentos de Fertilização in Vitro apresentam alterações de microbiota vaginal.
Porém a presença de bactérias no útero era desconhecida, até 2015 quando se pensava que o útero era uma cavidade estéril, assim como não sabíamos se existe uma influência dos hormônios na microbiota, nem se o microbioma varia dependendo das fases do ciclo.
Entre os resultados dos estudos realizados pela Igenomix, 4 tipos de bactérias foram encontradas relacionadas à implantação, entre as quais os lactobacilos se destacavam.
Foi observado que as pacientes que obtiveram sucesso da gravidez e nascimento do bebê coincidiam em ter uma população de mais de 90% de lactobacilos.
Inclusive entre pacientes com a receptividade comprovada através do ERA, a taxa de gravidez atingiu apenas 30% quando as mesmas não eram dominantes em Lactobacilos.
Além disso, é importante adicionar que também observamos que o flora vaginal não se relaciona com a flora uterina e que muitas vezes o uso de antibióticos de maneira descontrolada também pode alterar essa flora influenciando na implantação.
Essa é a 1º fase do estudo que a Igenomix está realizando em relação a Microbiota endometrial. Nos próximos meses daremos início ao estudo Randomizado para comprovarmos e validarmos esses novos conhecimentos e quem sabe conseguirmos definir um tratamento adequado e personalizado para cada paciente em virtude da flora que possui.