A biópsia endometrial é a primeira parte do processo de realização do ERA. Se trata de uma parte fundamental para que os resultados do estudo genético de receptividade endometrial sejam possíveis e confiáveis.
Quando a amostra recebida não está em ótimas condições para uma análise de qualidade, será preciso realizar uma nova biópsia. Para evitar que isso ocorra, apresentamos um guia rápido dos pontos importantes na hora de realizar a biópsia do endométrio.
Para começar, antes da biópsia, observe a validade do criotubo do seu kit ERA, se necessário, entre em contato com a Igenomix para receber um novo kit.
O que pode dar errado na biópsia endometrial que prejudica os resultados do ERA?
Degradação de material – Alguns instrumentos utilizados para realizar a biópsia podem degradar o material biopsiado, por isso recomendamos o uso da Pipelle.
Amostra insuficiente – Caso a amostra não seja suficiente, não temos a quantidade adequada de material para extrair o RNA do tecido endometrial. Para prevenir o envio insuficiente de amostra, certifique-se que não está sendo coletado apenas sangue ou muco no lugar ou juntamente com o tecido.
Amostra excessiva – Coletar mais amostra que o estabelecido é um risco para a conservação do tecido endometrial, pois a solução contida no criotubo não será suficiente para preservá-lo, comprometendo as propriedades necessárias para o estudo genético. A quantidade ideal de fragmento do tecido endometrial para identificar a janela de implantação da paciente é a corresponde a 1/3 do criotubo ~0,5ml.
A medida certa da amostra do ERA
Existem várias formas de assegurar-se que a biópsia endometrial coletada está na quantidade adequada, nem mais nem menos que o necessário para identificar se o útero é receptivo, pré-receptivo ou pós-receptivo, são elas:
– Utilize a marca da Pipelle – Colete até a primeira marca da Pipelle
– Meça a quantidade da Pipelle, o que é bastante parecido com o ponto anterior, mas neste caso a referência é que a amostra terá 1cm³
– Ocupe no máximo 1/3 do criotubo, o líquido protetor deve corresponder à maior parte do volume no criotubo
Cuidados após a coleta da amostra
– Homogenizar o criotubo
– Manter na geladeira (4º-8ºC) no mínimo 4 hrs
– Colocar na embalagem secundária do kit ERA (receptáculo protetor)
– Enviar em temperatura ambiente (se sua região a temperatura está acima de 38ºC é recomendável acondicionar a embalagem um gelogel, com a finalidade de manter a amostra refrigerada.
Acesse o vídeo sobre a biópsia endometrial e especificações de envio do teste ERA
ERA, personalização indicada para todas as pacientes
O Teste ERA mostrou sua eficiência durante anos para os casos de repetidas falhas de implantação, identificando que cerca de 1 de cada 4 pacientes com este histórico possui a janela de implantação fora do padrão, o que requer a personalização da transferência embrionária para o sucesso do tratamento de Fertilização in Vitro.
Recentemente os benefícios do teste ERA foram identificados também para as pacientes em primeiro ciclo de reprodução humana, prevenindo falhas de implantação com a personalização da transferência embrionária de acordo com o melhor momento de receptividade endometrial de cada paciente. O estudo que recebeu o prêmio SREI Prize Paper 2016 durante o Congresso da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM).