Para planejar um retorno a uma nova normalidade após o surgimento do novo coronavírus (COVID-19), a testagem da população é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde, sendo a técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) considerada o padrão ouro por ser a única até o momento capaz de diagnosticar a presença do material genético do vírus nas vias respiratórias.
Apesar de apresentar uma confiabilidade próxima a 100%, casos de falsos negativos podem acontecer. Por isso, antes de realizar um teste é fundamental saber que tipo de teste está sendo realizado e a taxa de confiabilidade do laboratório em questão, bem como garantir as condições ótimas para reduzir os riscos de comprometimento da amostra durante a coleta e transporte. Em alguns casos, a PCR pode apresentar resultados falsos negativos, explicaremos abaixo porque isso pode ocorrer e como evitar.
Quais os fatores que podem interferir na detecção por PCR?
A coleta e transporte adequados são pontos fundamentais para garantir a máxima chance de confiança nos resultados do teste PCR COVID, pois muitas das alterações se devem principalmente à erros durante a coleta nasofaringe e o tempo de transporte, considerando que o RNA do vírus é extremamente sensível e pode se degradar após 24 horas da coleta e/ou diante de condições de transporte inadequadas.
Contar com um enfermeiro capacitado para coleta é fundamental, além disso, outros pontos importantes em relação ao ambiente de coleta e transporte de amostra são aspectos que você precisa conhecer antes de decidir onde e como será realizado o seu teste, pois um resultado confiável depende disso.
Como é feita a coleta para o teste PCR COVID-19?
Parece simples introduzir uma espécie de cotonete através do nariz para obter uma amostra, porém é necessário alcançar a faringe para obter uma amostra confiável. Um procedimento que pode ser muito desconfortável, especialmente em pacientes sintomáticos, mas necessário para chegar ao diagnóstico da doença.
Recomendamos que todos os enfermeiros assistam o vídeo compartilhando pela revista científica The New England Journal of Medicine:
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMvcm2010260
Como preparar um domicílio para a coleta residencial?
Realizar testes por coleta domiciliar proporciona a vantagem de evitar o contato com várias pessoas e se expor ao risco de ser infectado. Ao receber um enfermeiro em casa, o profissional irá seguir todas as medidas de biossegurança. Além disso, que o domicílio também seja preparado para receber o profissional pode reforçar ainda mais as medidas de proteção e manter todos ainda mais seguros.
- Reserve um espaço limpo e arejado para servir de apoio ao enfermeiro.
- Ofereça um acesso fácil para a lavagem das mãos com sabão e secagem com toalhas descartáveis.
- Mantenha o distanciamento de outras pessoas da residência com o profissional e enquanto não estiver sendo realizada a coleta nasofaringe, utilize máscara.
Com base nos dados atuais, a OMS não recomenda o uso de testes rápidos de diagnóstico para detecção de anticorpos para o atendimento ao paciente e ressalta que a PCR é o padrão ouro para o diagnóstico de COVID-19.
Acesse o post que preparamos sobre a comparativas entre testes para o novo coronavírus e contate nossa equipe caso tenha dúvidas sobre a limitação de cada um deles.
Larissa Antunes, Assessora científica Igenomix Brasil.