Diante de uma perda gestacional, uma das formas mais assertivas de identificar a sua causa é analisar o material do aborto, ou seja, o embrião que teve seu desenvolvimento interrompido. E, apesar da literatura médica recomendar que a investigação seja realizada a partir de 2 ou mais perdas, para prestar um melhor acolhimento ao paciente e quando há um diagnóstico de infertilidade, identificar o que provocou uma perda o antes possível pode ser definitivo para o tratamento que permita o sucesso da gravidez.
O teste POC analisa o material do aborto para determinar se a perda gestacional foi o resultado de uma Alteração Cromossômica (aneuploidia ou poliploidia), que corresponde a pelo menos 50% dos casos das perdas que ocorrem durante o primeiro trimestre da gestação.
A tecnologia empregada para a realização do POC (molecular) se diferencia de um cariótipo convencional (citogenético), pois não é preciso cultivar células para a obtenção de resultados; o cultivo celular vem sendo o principal responsável de resultados inconclusivos após o estudo citogenético clássico.
Além disso, caso o resultado da análise molecular seja dado como euploide (normal), é realizada outra avaliação molecular para saber se existe contaminação materna no material estudado.
Como é realizado o teste POC?
O teste POC analisa o material da perda gestacional a partir da 6ª semana de gestação. A probabilidade de realizar o exame em produto de aborto com idade gestacional inferior deve ser avaliada individualmente junto com a equipe técnica da Igenomix.
A coleta deve ser realizada preferencialmente por AMIU, porém é possível analisar amostras expelidas naturalmente ou obtidas através de curetagem.
Após coletar o material e comprovar a presença do material fetal, o mesmo deve ser conservado apenas em soro fisiológico e permanecer refrigerado (2° a 8°) até o momento do envio, sendo que o tempo de acondicionamento não deve superar 72 horas e o tempo em transporte não deve superar 48 horas. É importante nunca congelar a amostra.
Além do produto do aborto, a Igenomix também solicita uma amostra de o sangue materno para junto com as análises comprovar que o resultado obtido é realmente fetal e não houve contaminação materna. Para tanto, será comparado o DNA da amostra do sangue materno com o DNA do material do aborto analisado.
Como enviar uma amostra?
É possível enviar amostras de todas as localidades do Brasil para serem analisadas em nosso laboratório em São Paulo. O envio pode ser feito em temperatura ambiente ou com a adição de gelo gel, para prevenir a interferência de períodos ou regiões com temperaturas elevadas.
A Igenomix proporciona o kit para a realização da coleta. Porém, em uma emergência os componentes do kit podem ser adquiridos com facilidade, pois são compostos de:
- Pote estéril (para depositar o produto do aborto)
- Tubo EDTA (tampa roxa) para a coleta do sangue materno
- Soro fisiológico (para adicionar ao material do aborto coletado)
Cuidados ao realizar o envio
- Em caso de perda gestacional igual ou superior a 20 semanas ou peso igual ou superior a 500g e/ou estatura igual ou superior a 25 centímetros é necessário que o feto tenha um atestado de óbito. Nessas situações é indicado não realizar o envio do feto, mas sim de uma biópsia de tecido, o que será suficiente para a análise genética.
- Acondicione bem a embalagem para evitar danos durante o transporte e identifique todos os tubos e amostras.
- Preencha os formulários de requisição e consentimento, sendo que o formulário de requisição deve ser assinado pelo médico e o de consentimento, assinado pela paciente.
Para prestar apoio durante o processo de envio, a equipe da Igenomix dispõe de instruções completas e contatos na página de envio de amostras de nosso site.
Conte com as informações especializadas para entender os benefícios e limitações de cada passo do seu tratamento. Acesse o site para esclarecer as principais dúvidas sobre os testes genéticos da Igenomix.
Causas cromossômicas do aborto
Conheça as alterações cromossômicas e suas frequências encontradas nos abortamentos:
Susana Joya, Assessora científica Igenomix Brasil