Biopsiar um embrião congelado e até mesmo repetir uma biópsia embrionária pode gerar dúvidas. Conheça o estudo sobre a segurança destas técnicas
Normalmente no tratamento de Fertilização in vitro, a biópsia embrionária acontece no embrião a fresco, 5 ou 6 dias após a fertilização, mas existem ocasiões onde o embrião foi congelado sem coletar uma amostra de células que permite realizar o seu estudo genético.
Nestes casos, o descongelamento, biópsia e recongelamento, apesar de ser um processo muito delicado, é seguro, desde que todos os fatores para a qualidade do procedimento sejam considerados, conforme publicação científica que apresentamos a continuação.
Por que nem todo embrião pode ser biopsiado?
O embrião com uma morfologia perfeita não está livre de carregar alterações genéticas e cromossômicas, por outro lado, um embrião que morfologicamente não seria a primeira opção para a transferência embrionária, pode ser geneticamente normal. No entanto, para este segundo caso, há limites de qualidade mínimos, inclusive para o procedimento de biópsia, em virtude do risco de degradação das células e menor resistência do embrião ao procedimento. Esta máxima é ainda mais importante quando se trata de biopsiar ou rebiopsiar um embrião congelado.
Quando a biópsia de embrião congelado é segura?
Muitos fatores devem ser analisados antes de proceder com a biópsia de um embrião congelado, que basicamente são os mesmos fatores que determinam a segurança de biopsiar um embrião em primeira instância:
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Embrião com qualidade suficiente
Este é o principal ponto a considerar, já que um embrião de baixa qualidade, que com dificuldade chega a blastocisto, tem um risco elevado de interromper seu desenvolvimento, independentemente da biópsia. São embriões com escassas chances de implantação.
Quando se toma a decisão de biopsiar um embrião de baixa qualidade, os pacientes devem estar conscientes que pode ocorrer uma falha de amplificação e que, caso o resultado seja esse, biopsiar novamente deve ser discutido e decidido em conjunto.
No caso de um embrião de boa qualidade que foi congelado sem biopsiar, o descongelamento e biópsia e inclusive uma segunda biópsia embrionária é segura, como apontam diversos estudos, como a pesquisa com participação do Dr. Antonio Capalbo, Inconclusive chromosomal assessment after blastocyst biopsy: prevalence, causative factors and outcomes after re-biopsy and re-vitrification. Amulticenter experience
Ouça os comentários do Dr. Antonio Capalbo em relação à pesquisa realizada com sua participação:
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Embriologista experiente e atualizado
Contar com um embriologista que realiza frequentemente biópsias embrionárias é primordial para este procedimento. Considerar a opinião desse especialista sobre os benefícios e riscos de realizar a biópsia de um embrião, seja a fresco, congelado ou rebiópsia é a forma mais segura de tomar uma decisão informada.
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Laboratório de FIV de alta qualidade
O laboratório de FIV é o coração da clínica de reprodução humana. É dentro desse ambiente que o óvulo e o espermatozoide se encontram e que o embrião se desenvolve. Desde o ar que circula nesse ambiente, até os equipamentos utilizados podem afetar a taxa de sucesso dos tratamentos de reprodução assistida.
Quando se trata de realizar uma biópsia embrionária, não apenas a estrutura física do laboratório conta, mas também os protocolos estabelecidos:
- Para que o embrião chegue ao estágio de blastocisto, que ocorre aproximadamente entre o dia 5 e 6 de desenvolvimento.
- De vitrificação e descongelamento, pois a qualidade da vitrificação é vital para a sobrevivência após o descongelamento.
Conte com a opinião do laboratório de genética
Diante a dúvida sobre biopsiar um embrião congelado ou de rebiopsiar, nós a Igenomix podemos ajudar, tanto com nosso assessoramento aos especialistas, quanto com a orientação ao paciente através do aconselhamento genético.
Marcia Riboldi, PhD – diretora da Igenomix Brasil