Após analisar mais de 70.000 amostras, aprimorando por 5 anos o estudo do microbioma endometrial, e ter a implementação bem-sucedida da tecnologia de RT-PCR para os testes EMMA e ALICE no laboratório Igenomix nos EUA, estamos orgulhosos de anunciar a nova versão ainda mais precisa desses testes que avaliam as bactérias presentes no endométrio para que o médico possa estabelecer as melhores condições de saúde uterina para a gravidez e assim, obter resultados reprodutivos positivos nos tratamentos de fertilidade.
O novo painel personalizado analisa as bactérias detectadas com mais frequência nas amostras endometriais para proporcionar aos médicos informação mais precisa e acionável, pois podemos detectar bactérias no nível da espécie, o que permite tratamentos mais direcionados. Está disponível desde maio de 2023.
Lembrando que esta ferramenta para o diagnóstico da flora endometrial pode ser utilizada tanto para pacientes em busca de engravidar naturalmente, quanto aquelas que estão em tratamento de reprodução assistida.
O que muda no laudo dos novos testes EMMA & ALICE?
O resultado do novo teste da EMMA & ALICE é apresentado através de uma tabela com as bactérias incluídas no painel genético da análise ao lado do seu valor de referência (normal) estabelecido. Valores fora da faixa de referência (normal) são destacados em negrito e com um *.
Na imagem, o laudo à esquerda corresponde à tecnologia anterior (NGS), que apresentava o resultado em porcentagens, enquanto o novo laudo à direita apresenta uma tabela de valores com a referência de normalidade.
Interpretação de resultados
Interpretar os resultados do novo teste EMMA & ALICE é muito mais simples. Após o gráfico, o laudo acompanha as seguintes seções:
- RECOMENDAÇÃO: nesta seção incluímos a terapia sugerida, que fica visível logo após o resultado e sempre na primeira página do laudo, facilitando a revisão do laudo pelo clínico.
- COMENTÁRIOS EMMA: explicação dos resultados obtidos para os patógenos detectados não relacionados à Endometrite Crônica e para Lactobacillus.
- COMENTÁRIOS ALICE: explicação dos resultados obtidos para os patógenos detectados relacionados à Endometrite Crônica.
Baixe a apresentação com os diferentes resultados e interpretações dos testes EMMA & ALICE
Ou assista o vídeo sobre os diferentes resultados dos testes EMMA e ALICE e suas respectivas condutas.
Como surgiram os testes EMMA e ALICE?
A constatação de que o microbioma endometrial pode afetar a implantação embrionária chegou com a publicação na revista científica AJOG (American Journal of Obstetrics and Gynecology), onde Dra Inmaculada Moreno, identificou que as populações de bactérias presentes no interior do útero produzem diferentes resultados reprodutivos.
Utilizando o sequenciamento genético das bactérias que habitam o interior do útero, é possível identificar com uma precisão superior em comparação com os métodos tradicionais de análise endometrial para o estudo da endometrite crônica infecciosa, que são histeroscopia, histologia e microbiologia.
Estima-se que a endometrite crônica afeta até 19% da população. Em pacientes que estão tentando engravidar há mais de um ano, a prevalência chega a 40% e pode ser inclusive superior (60-66%) em casos de perda gestacional de repetição.
O teste EMMA avalia presença de lactobacilos, que está ligada ao sucesso da gravidez e inclui o teste ALICE, que analisa a presença de bactérias patogênicas que provocam a endometrite crônica infecciosa, uma doença que geralmente não provoca sintomas, mas é capaz de impedir a implantação do embrião ou causar um aborto.
Biópsia endometrial para os testes EMMA e ALICE
O procedimento de biópsia endometrial para a realização dos novos testes EMMA e ALICE continua igual. A coleta poder ser realizada em consultório, utilizando o kit enviado pela Igenomix, de forma simples pelo ginecologista em um momento específico do ciclo da paciente, pois a variação hormonal afeta o crescimento da população de bactérias no interior do útero.
Existem duas opções de procedimento:
- Ciclos regular: Entre o 15º e 25º dia do ciclo menstrual.
- Ciclos irregular: Quando a paciente não possui ciclo, ou o ciclo é irregular, é preciso simular uma fase secretora através de um ciclo HRT para e fazer a biópsia durante os dias de ingestão de progesterona (preferencialmente em P + 5)
Complemente o teste EMMA & ALICE com outras ferramentas de implantação embrionária de eficácia cientificamente comprovada
Em caso de ciclos de Fertilização in Vitro (FIV), é possível realizar o teste EndomeTRIO, que além de analisar a flora bacteriana (EMMA e ALICE), estuda a receptividade endometrial através do teste ERA.
Além disso, cuidar os aspectos do laboratório de FIV é de grande importância para as taxas de sucesso. Entre eles, o uso do meio de transferência embrionária EmbryoGlue, da Vitrolife, permite um aumento de 20% na taxa de nascidos vivos segundo a publicação científica “Cochrane Database of Systematic Reviews 9”.
Saiba mais sobre as ferramentas de otimização da implantação embrionária