Quando é realizada a biópsia embrionária para o Teste Genético Pré-Implantacional para Aneuploidias (PGT-A), que avalia se o embrião é cromossomicamente saudável, a última coisa que um especialista e paciente esperam é receber um laudo de resultado inconclusivo, porém, isso pode acontecer em cerca de 2,5% das análises.
O que muitos pacientes questionam é se, uma nova biópsia poderia ser informativa. Para responder a essa pergunta, uma pesquisa apresentada na revista científica Journal of Assisted Reproduction and Genetics investigou os resultados de rebiópsias de casos onde o PGT-A apresentou resultados inconclusivos com o objetivo de avaliar o potencial e benefício de uma nova retirada de células para a análise genética.
Quando o laudo do PGT-A resulta inconclusivo, caso seja tomada a decisão de repetir a análise com uma rebiópsia, é preciso descongelar o embrião para realizar novamente o procedimento de retirada das células e congelamento para a espera do resultado da nova análise. Esse processo apesar de muito delicado é considerado seguro por diversos estudos, inclusive um estudo realizado com a participação de especialistas da Igenomix.
Como é a biópsia do embrião e quais são os riscos de rebiopsiar?
A biópsia do embrião é um procedimento invasivo que consiste na retirada de algumas células da região que dará origem à placenta (trofectoderma). Este procedimento é realizado geralmente no quinto dia de desenvolvimento embrionário (D5) após a fertilização do óvulo, quando o embrião tem cerca de 120 células. Após a biópsia efetuada na clínica de fertilização in vitro (FIV) por um embriologista altamente capacitado, as células biopsiadas são enviadas ao laboratório de genética Igenomix enquanto o embrião é congelado para aguardar o resultado da análise. Se o teste genético identificar que o embrião for euploide, ou seja, cromossomicamente normal, ele pode ser descongelado e transferido ao útero materno com uma maior chance de implantação e menor risco de aborto.